Manter hábitos saudáveis com horários flexíveis de alimentação está longe de fazer parte do dia a dia da grande maioria dos motoristas de caminhão e, por conta disso, se tornam fortes candidatos a desenvolverem doenças que, na maioria das vezes, agem de maneira silenciosa e podem até levar o indivíduo à morte se não tratadas de maneira correta. Confira as sete mais comuns.
1 - DIABETES
O diabetes é provocado pela deficiência de produção ou de ação da insulina. As principais consequências para aqueles que não sabem ser portadores da doença, ou mesmo os que sabem mas não realizam o tratamento correto, são a possibilidade de uma crise de hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue) ou hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue).
No caso dos carreteiros, profissionais que passam boa parte do tempo dirigindo, uma dessas crises pode comprometer a segurança. Entre os sintomas estão tremedeira, desequilíbrio, perda de coordenação, tontura, sonolência e visão embaçada. Essas situações podem levar o indivíduo a perder o controle do veículo e provocar acidente.
2 - COLESTEROL
O aumento do nível de colesterol no sangue não costuma ter sintomas mas é perigoso, pois esse excesso de gordura que pode se depositar nas paredes das artérias (que são os vasos que levam sangue para os órgãos e tecidos) determinando um processo conhecido com arteriosclerose. Se esse depósito ocorrer nas artérias coronárias, pode causar a angina (dor no peito) e infarto do miocárdio. Se ocorrer nas artérias cerebrais, pode provocar acidente vascular cerebral (derrame).
Quando o aumento do colesterol atinge níveis muito altos, pode haver um aumento do fígado, o baço e sintomas de pancreatite. Gema de ovo, bacon, carne de frango com pele, torresmo, manteiga, creme de leite e nata, frituras, salsicha, salame, linguiça e carnes de animais, são os principais alimentos que contêm significativa quantidade de colesterol.
3 - HIPERTENSÃO
A doença é determinada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias e faz com que o coração tenha de exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído de forma equilibrada no corpo. Entre as causas da hipertensão estão o consumo de bebidas alcoólicas, fumo, obesidade, sedentarismo, estresse, consumo elevado de sal, níveis altos de colesterol, diabetes e o sono inadequado. Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito. Entre eles estão dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal.
4 - LOMBALGIA
A lombalgia, popularmente conhecida como dor nas costas, é uma das principais consequências da rotina dos carreteiros, profissionais que passam muito tempo ao volante do caminhão e se exercitam pouco. Entre as principais causas estão erro de postura, bancos não ergonômicos, falta de apoio para o pescoço e braços, longas horas de trabalho contínuo sem pausa para descanso, sedentarismo, obesidade, falta de alongamentos, poucas horas de sono e uso de medicamentos estimulantes.
Para reduzir as chances de desenvolver a lombalgia é necessário mudança de hábitos, tais como regular os níveis de estresse, fazer atividades físicas regularmente, controlar a alimentação e peso, e melhorar a orientação postural.
5 - OBESIDADE
A obesidade é o acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo e acontece quando a ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente. O obeso tem mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2, entre outras.
O excesso de peso pode estar ligado ao patrimônio genético da pessoa, a maus hábitos alimentares ou, por exemplo, a disfunções endócrinas. Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro utilizado mais comum é o do Índice de Massa Corporal (IMC). A obesidade é fator de risco para uma série de doenças. O IMC é calculado dividindo-se o peso (em kg) pelo quadrado da altura (em metros).
Classificação do IMC:
Menor que 18,5 – Abaixo do peso
Entre 18,5 e 24,9 – Peso normal
Entre 25 e 29,9 – Sobrepeso (acima do peso desejado)
Igual ou acima de 30 – Obesidade.
6 - ESTRESSE
O estresse pode ser caracterizado por sensações de medo, desconforto, preocupação, irritação, frustração, indignação, nervoso, e pode ser motivado por diversos motivos. Queda de cabelo, impaciência, tontura e dor de cabeça frequente são sintomas que podem indicar estresse. O estresse está ligado ao aumento dos níveis de cortisol na corrente sanguínea, ocorrência que além de afetar a mente pode levar às doenças físicas como alergias e tensão muscular, por exemplo. O estresse pode provocar insônia, transtornos alimentares, depressão, problemas cardiovasculares, síndrome do intestino irritável e prisão de ventre.
7 - LER (Lesões por esforço repetitivo)
O termo LER refere-se a um conjunto de doenças que atingem principalmente os membros superiores, atacam músculos, nervos e tendões provocando irritações e inflamação dos mesmos. Geralmente é causada por movimentos repetidos e contínuos.
O esforço excessivo, má postura, stress e más condições de trabalho também contribuem para aparecimento da LER. Em casos extremos pode causar sérios danos aos tendões, dor e perda de movimentos. A LER inclui várias doenças entre as quais, tenossinovite, tendinites, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, bursite, dedo em gatilho, sindrome do desfiladeiro toráxico e síndrome do pronador redondo.